segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Um pouco sobre ibope

As vezes acho que tenho que fazer mais cursos, começar logo o curso de francês, viajar mais, ir mais no cinema, achar tempo de ler todos os livros que comprei pra ler, aprender também russo e mandarim, tocar violão, escrever mais, aprender a cozinhar, fazer mais caminhada, estudar mais, ir acampar muitas e muitas vezes, e entre outras coisas. Mas no fim, parece que tem mais gente cuidando da minha vida do que eu mesma! Ouso dizer, mais ibope que o último capítulo da Avenida Brasil.

E ontem..

Ontem dormi rascunho, hoje acordei poesia.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

como às vezes..

Como às vezes ouvir um "você é tão linda, baby" pode mudar tudo!

essência das palavras

Ao invés dessa língua que falamos, queria ter o conhecimento da língua universal.
Preferia não ter o conhecimentos dos signos, léxicos, sintaxe.. Inventar palavras, que na verdade, não relatam o verdadeiro sentido e essência das coisas.
Compreender a linguagem da natureza, sermos um, nos unir, me tornar parte de algo maior, não seria mais necessários palavras para descrever tal sentimento, pois não existiria (não existe). Fazer parte de algo único, onde tudo faça mais sentido. Onde tudo já estaria entendido, pois faríamos parte de algo belo e único. E isso bastaria. Acho que tínhamos essa essência, e a perdemos. O Rei Mudo perdeu. A pessoas quiseram se afastar de sua verdadeira essência.

"Neste momento de dor cega igualamo-nos a nossos antigos primos mudos: nosso corpo é que de algum modo fala, pelas mãos crispadas, ou pela boca contorcida, mas não a nossa língua, que regride e geme e grunhe, ou no máximo, grita. Assim, todo arco se fecha, e quem traiu por fraqueza o incêndio dos olhos, quem matou o azul cerúleo ao inventar seu nome, agora tem de volta, na dor do próprio corpo, a antiga coincidência negada e pode então unir-se ao fluxo de tudo. Sim, este seria um consolo ao rei silencioso que morria: saber que a dor não se duplica, que não há signo para doença e que o corpo, o corpo profundo, continua inexplorado e mudo"
                                                                                                                      Nuno Ramos, Ó



ópio

Bandeira Zeca Baleiro

Eu não quero ver você cuspindo ódio
Eu não quero ver você fumando ópio, pra sarar a dor
Eu não quero ver você chorar veneno
Não quero beber o teu café pequeno
Eu não quero isso seja lá o que isso for
Eu não quero aquele
Eu não quero aquilo
Peixe na boca do crocodilo
Braço da Vênus de Milo acenando tchau
Não quero medir a altura do tombo
Nem passar agosto esperando setembro, se bem me lembro
O melhor futuro: este hoje escuro
O maior desejo da boca é o beijo
Eu não quero ter o Tejo escorrendo das mãos
Quero a Guanabara, quero o Rio Nilo
Quero tudo ter, estrela, flor, estilo
Tua língua em meu mamilo água e sal
Nada tenho vez em quando tudo
Tudo quero mais ou menos quanto
Vida vida, noves fora, zero
Quero viver, quero ouvir, quero ver
(Se é assim quero sim, acho que vim pra te ver)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Um bom desaniversário!

sempre ficava empolgada com aniversários, mas não pela data ou pelo significado, e sim porquê meus amigos viriam em casa, ia ganhar um abraço de amassar a alma da minha mãe, e eu amava isso. mas de alguma forma bizarra, este aniversário vai ser diferente, já está sendo.
acho que as coisas vão ficando mais claras, e ao mesmo tempo mais difíceis também. enxergo as coisas como quando alguém que descobre que têm miopia e vai buscar seu primeiro óculos na lojinha e vê o mundo como nunca antes! vai percebendo que se desgastar por pouco, é insanidade e que o que vale a pena tem que colorir o dia pelo menos todos os dias!
não acho que saberia responder como me vejo daqui 10 anos, apesar de uma amiga minha dizer "ahhh Lu, vc com certeza vai estar casada, numa casa cheia de cachorros, cachorros, cachorros (sim, dito três vezes!) e um bebe lindo". O que não seria uma má ideia, gosto dessa ideia de ter alguém pra compartilhar, cachorros, cachorros, cachorros e um bebe lindo!, mas a verdade é que não faço a ideia do que realmente vai acontecer. antes isso me assustava demais, eu daria tudo pra olhar durante 3 segundos no buraquinho da fechadura do futuro e ver o que irá ser de mim, mas agora curto ver o que está acontecendo e por onde estou indo. (tá, ainda faria tudo por aquela olhadela na fechadura).
mas ainda não consigo decifrar essa sensação de "putz! 20, fodeu". O meu olhar com os outros que tem seus vinte e poucos e até seus quarenta, eu não sinto que eles tem que desesperar, por que tudo tem seu tempo certo de acontecer, e algumas pessoas, (muito queridas), já estão atrás disso. mas quando é comigo, não sei, só sei que é assim! (putz! 20, fodeu).
esses últimos dias, eu descobri coisas e fatos sobre mim mesma que me ajudaram a ver as coisas com os óculos novos da lojinha! vou me apegar a esses segredos!

Um bom desaniversário, pra mim!!

Sim, Sim!

Do nosso amor a gente é que sabe.